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subsies - mostra artística LGBTQIA+

Atravessamos juntas uma temporalidade em que criação e resistência se tensionam, produzindo modos de guerrilha que ampliam as sensibilidades em um momento de captura das forças e dos desejos. Em uma tentativa de alcançar tais afetos belicosos, convidamos artistas LGBTQIA+ a exporem seus trabalhos no subsies - mostra artística. 

O evento, em sua segunda edição, acontecerá concomitantemente ao VII SIES, também de forma online. Os trabalhos selecionados serão postados ao longo do evento no Instagram do NUDISEX (@nudisexuem) e pelo site.  

Curadoria de Maddox Cleber, Lua Lamberti e Gustavo Barrionuevo.

Arde, sangra e não morre

PC @pccasteleira

O fogo que devora a região amazônica, em que vivo, parece ser o princípio de ordem, progresso e tecnologia para a produção de alimentos. Contudo, a fome do fogo e a fome pelo fogo não morre. Ela arde, sangra e não morre. Ela faz arder, faz sangrar, mas não cessa. Para cada mês de exploração de um ano, uma bolsa do tamanho de um coração adulto com líquido rubro para lembrar o sangramento da terra e das vidas - não esqueçamos do casal de indígenas carbonizado, em 2019, no Assentamento Galo Velho na Zona Rural de Machadinho do Oeste (RO), morreram se abraçando, morreram pela fome das chamas. Fome capital que não alimenta e nem se interessa por dizimar a fome de alimentos dos povos, apenas interessa-se por alimentar-se de poder. Essa fome não preenchida represento com as bacias, vazias ou com sangue, para emular a fome e as políticas de morte. Um corpo entre cinzas e uma vegetação que insiste em tentativas de sobrevivências. Uma existência também que arde, sangra, mas que morre.

Este trabalho já foi exposto na VI Mostra de Arte e Cultura Afro-Brasileira/UENP – Jacarezinho – PR (2020) e na II Mostra Latino-Americana de Arte e Educação Ambiental – Rio Grande do Sul (2020).

Gallowdance

Elle Carol / Leminski X @ellecarol7

 

O xquisito Leminski X raspou seu bigode: "eu vivo no Brasil e isso é muito para se ter em um corpo"

 

- Francisco Mallmann

Este trabalho já foi apresentado no evento transformista HallowQueer (2020) disponível na plataforma YouTube e no instagram @xquisitas

Madeira. 2020.

Fernando Alencar @fer._alencar

 

A dor que não sentimos, a dor que não nos importamos, a dor que não nos lembramos.

MADEIRA. 2020.
MADEIRA. 2020.

Performance Drag - Telas

(Mily Taormina)

Masaka @orz.isis

 

As rosas da resistência nascem no asfalto. A gente recebe rosas, mas vamos estar com o punho cerrado falando de nossa existência contra os mandos e desmandos que afetam nossas vidas. - Marielle Franco

Este trabalho já foi apresentado no evento transformista HallowQueer (2020) disponível na plataforma YouTube e no instagram @xquisitas

(A)colhida

Alice “Chi” Raabe @chi.gram

Marcela Corrêa Müller @alecri.am

 

Nesta performance de modelo vivo, Alice “Chi” Raabe, coloca o sentimento do controle do próprio corpo no objeto em suas mãos, lutando para alcançá-lo, para então compartilhá-lo aos olhos e mãos que transcrevem esses sentimentos em traços e cores. Além do desenho, objetivo inerente da prática de modelo vivo, o instante presente é registrado por Marcela Corrêa Müller, onde a atmosfera e os detalhes trazem recortes da narrativa contada em uma série fotográfica.

Devorar ou ser Devorada?

Asmodeus @hail_asmodeu

 

Diante do projeto genocida que se instala no Brasil é preciso decidir: Devorar ou ser devorada? Muito mais que o resultado de uma pandemia os recordes de mortes diários são reflexo de uma realidade doente que chega ao ápice de sua crueldade. A morte não é um acidente, mas sim um projeto dentro de uma sociedade capitalista cisheteronormativa. A eugenia social é uma realidade manifestada na violência do estado. Ser humano não é uma posição dada, é preciso questionar a violência da norma humana. É preciso que os monstros, queers e inumanos, saiam de suas jaulas. Não existe salvação para uma sociedade doente, existe a destruição. Convido você a devorar a ordem e o progresso.

ISSO NÃO É UM POEMA LIBERAL DE SUPERAÇÃO

Lua Clara @luaclara.br

 

Como guerrilhar de forma a traçar afetos bélicos quando nos deparamos no próprio campo bélico de afetos? Como se comunicar artisticamente quando o verbalizar precisa de esvaziamento? Estamos aspiralados na necessidade de criar novos corpos combatentes porque os que combatem não suportam mais o que sentem. Mas seguimos buscando perspectivas vitais, fugindo das virais. E isso não é um poema liberal de superação.

Este trabalho está disponível no porfólio online da artista: 

luaclara.myportfolio.com/isso-nao-e-um-poema-liberal-de-superacao

ISSO NÃO É UM POEMA LIBERAL DE SUPERAÇÃO

FUI FUDIDA
VIOLADA
ESTUPRADA

FRUTO DE UMA SOCIEDADE FUDIDA
VIOLADA E ESTUPRADA
DE UMA NAÇÃO FUDIDA
VIOLADA E ESTUPRADA

EM UM ACIDENTE RECONSTITUÍDA
MAS EU NÃO SUPEREI

Experiências Táteis do Absurdo

Tatiana Aline Santana @amaremudar_

 

Tatiana nasceu no inverno de 1994, é natural e residente de Campo Mourão. É poeta, e tem diversas participações em Antologias Literárias Zines e Revistas Digitais é autora do livro SER – haicais (Ed. Kazuá, 2016). No mesmo ano foi convidada para dois “Bate– Papo Literário” da 35° Semana Literária Sesc e Feira do Livro, no município de Campo Mourão/PR. Em junho de 2020, lançou virtualmente e de forma gratuita o ebook “Experiências Táteis do Absurdo” no qual compilou poemas escritos no período de quarentena que dialogam com o isolamento social. Também é acadêmica de Psicologia e Serviço Social.

Ao lado, a capa do E-book que está disponível para download.

Experiências táteis do absurdo - Tatiana

TRAUMA

Cia Experimental de Dança @ced_danca

 

O espetáculo de dança contemporânea “Trauma” responde, a partir do corpo, aos diversos constrangimentos a que estamos sujeitos quando escapamos, conscientemente ou não, aos padrões sociais de bom comportamento, boa aparência e adequação. O trabalho é um retrato coreográfico das práticas de controle que visam reprimir determinadas subjetividades, e questiona sobre as possibilidades de resistência.

O que vemos aqui é apenas um trecho, umas das coreografia presente na obra completa, que pode ser vista no nosso perfil no Instagram @ced_danca.

Onirías Tupinicuir

Tupinicuir @tupinicuir24

 

Corpos em Quarentena

Chris, the Red @chris.thered

Corpos Em Quarentena/ Bodies Under Quarantine (Fotografia, 2020/2021)

Ainda que estejamos em isolamento, nossa criatividade não se isola e podemos nos conectar, bater um papo e aproveitar, fazer um ensaio fotográfico a distância. E assim, seguimos até o dia que poderemos sentir nossas peles num longo e forte abraço! 

Foto 01: Bruno (São Paulo, Brasil). Foto 02: Buck (Los Angeles, EUA). Foto 03: Frank (Berlim, Alemanha). Foto 04: Julio (Rio de Janeiro, Brasil). Foto 05: Lucas (São Paulo, Brasil). Foto 06: Marcelo (Santiago, Chile). Foto 07: Marina (Brusque, Brasil). Foto 08: Ney (São Paulo, Brasil). Foto 09: Suellen e Cláudio (Porto Alegre, Brasil). Foto 10: Wesller (Toledo, Brasil).

Guerra e Paz (Mundial)

João Paulo Baliscei @joaopaulobaliscei

Guerra e Paz (Mundial) (2021) - Intervenção em objeto de plástico.

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